terça-feira, 31 de dezembro de 2013

TEMÁTICA COM REFLEXÃO–GRUPO ITAPOÖ13/14

Temática com reflexão e partilha

MENSAGEM de fim de ano Itapoã

Alcoólicos Anônimos
Grupo em Itapoã

Av. Resplendor, 563, Sala 302 - 29101-500 - Praia de Itapoã - Vila Velha, ES.

Centro Comercial Itapoã

Reuniões: Ter, Qua, Qui, e Sex – 19:30h  -  Seg 19:00h Al-Anon

Qua, 15:00h (reuniões de verão)

sábado, 28 de dezembro de 2013

Grupo em Itapoã–Vila Velha–ES

Estamos esperando vocês.

placa a saida

Repassando - Mensagem recebida da Dra Sandra e Seu esposo Flávio

Caros companheiros do Grupo Itapoã,

Recebemos seu material de divulgação. Parabéns pelo empenho em levar a mensagem.

Um grande abraço. Abaixo, nossa mensagem de Ano Novo, que pedimos compartilhar com os companheiros todos do Grupo.

AAbraços.

Sandra (Juanab) e Flávio

 

(mensagem de Sandra(Junaab):

Companheiros,

Desejamos a você e a todos os seus

Um próspero Novo Ano.

Muita paz, alegria e realização de muitos sonhos.

AAbraços.

Sandra(Junaab) e Flávio

 

PARTE DE NÓS (autor não conhecido por nós)

Espero que você possa aceitar as coisas como elas são...

Sem pensar que tudo conspira contra você.

Porque parte de nós é entendimento...

Mas a outra parte é aprendizado.

 

Que você possa ter forças para realizar todos os seus sonhos...

Que no final possa alcançar todos os seus objetivos.

Porque parte de nós é cansaço...

Mas a outra parte é vontade.

 

Que tudo aquilo que você

vê e escuta

Possa lhe trazer conhecimento.

Que essa escola possa ser longa e feliz...

Porque parte de nós é o que vivemos...

Mas a outra parte é o que esperamos.

Que a manhã  possa lhe oferecer todo dia a divina luz...

Que você possa fazê-la seu único e verdadeiro caminho.

Porque parte de nós é dúvida...

Mas a outra parte é crença.

 

Que você possa aprender a perder sem se sentir derrotado...

Que isso possa fazer você cada vez mais guerreiro.

Porque parte de nós é o que temos...

Mas a outra parte é sonho.

Que durante a sua vida você possa construir sentimentos verdadeiros...

 

Que você possa aceitar que só quem soube a sombra

Pode saber da luz...

Porque parte de nós é angústia...

Mas a outra parte é conforto.

 

Que você nunca deixe de acreditar...

Que nunca perca sua fé,

Porque parte de Deus é Amor,

E a outra parte... também.

2014 de Paz, saude e felicidade - SPH

2014

Feliz natal–Serenidade e Paz

natal 2013

Novo endereço e novos horários de reunião

endereço do grupo itapoã 3

terça-feira, 11 de junho de 2013

REPORTAGEM ESPECIAL JORNAL A GAZETA

Notícias > Cidades

09/06/2013 - 22h48 - Atualizado em 10/06/2013 - 12h19

 

Aumentam casos de alcoolismo entre mulheres e jovens /

É o que notam os Alcoólicos Anônimos, entidade que completa nesta segunda-feira, 78 anos de existência e que está espalhado em vários municípios do Estado

 

 

Cristiana Euclydes | ceuclydes@redegazeta.com.br
É cada vez maior a quantidade de mulheres e jovens com problemas de alcoolismo. Assim como apontam os dados de pesquisas de saúde, participantes das reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA) – entidade que hoje completa 78 anos de fundação – também percebem essa tendência. Para Maria (nome fictício, assim como todos os usados para as demais frequentadoras do AA entrevistadas nesta reportagem), muitas mulheres sentem-se sozinhas na fase a adulta e, quando percebem, já perderam o controle sobre a bebida. “Muita gente acha que alcoolismo é coisa de pobre e mendigo, mas pode acontecer com qualquer pessoa”, frisa Maria, que tem 63 anos, 22 deles participando de reuniões do AA.
Entre as mais jovens, as mulheres começam a beber por influência dos amigos. Há um ano no grupo, Ana, 25 anos, conta que não via o alcoolismo como uma doença. “Mas como acontece a quem tem diabetes: comer chocolate é muito bom, mas quem tem a doença sabe que não pode consumi-lo”, exemplifica.
Além disso, afirma Maria, o alcoólico é visto como um sem-vergonha, sem-moral, o que dificulta que as pessoas aceitem o problema. Na verdade, ele está doente, e não há cura. Por meio dos 12 passos sugeridos (veja mais nesta página), porém, há uma mudança de vida, que começa na aceitação da doença, passa por uma avaliação pessoal e segue na troca de experiências e transmissão da mensagem aos alcoólicos que ainda sofrem. O grupo desenvolve a espiritualidade, mas não é ligado a nenhuma religião.
Incentivo
A psicóloga Andrea Romanholi, que trabalha há 20 anos com saúde mental, álcool e outras drogas, explica que o álcool é uma droga não só aceita como também incentivada na sociedade. Isso contribui para o aumento de seu consumo, inclusive por parte de mulheres e jovens.
Segundo ela, são feitas muitas campanhas contra as drogas ilícitas, mas a prevenção do alcoolismo é deixada de lado. Ela aponta que cerca de 80% da população adulta já ingeriu álcool, e destes 12% são dependentes. “É uma parcela de uso e dependência muito maior do que de drogas ilícitas. O álcool é a mais usada, causa mais custo e problemas. Os prejuízos causados na sociedade são maiores que o do crack”, garante. Além dos problemas diretos, como a cirrose e outras complicações de saúde, há os acidentes de trânsito e violência doméstica provocadas pela ingestão de álcool.
Ana, 25 anos: “A perda, para mim, era moral”
Aos 16 anos, Ana (nome fictício) ingeriu bebida alcoólica pela primeira vez, nas festas do colégio, e gostou muito, porque tirava sua  inibição. Os destilados e a cerveja logo deram lugar à cachaça, ao uísque e ao conhaque.
“Muita gente perde bens materiais, mas para mim foi uma questão moral. Fazia coisas e não lembrava,   magoava as pessoas que gostam de mim. Dava mole para qualquer um, dançava até o chão, chegava ao bar duas horas da tarde e saía de madrugada”, conta.
Sua família começou a perceber mudanças em seu comportamento, e as cobranças aumentaram. Foi, então, que procurou o AA. Hoje, aos 25 anos, ela está há um ano na sobriedade e conta que a irmandade mudou a sua vida.

Luz a um problema sem resposta fácil

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Ilustração: Robson Vilalba

PENSAMENTO

Misturando experiência pessoal com investigação erudita e mitológica, Vicente de Britto Pereira expõe dimensão de problema inconveniente

Publicado em 08/06/2013 | SANDRO MOSER

A resposta ao problema “álcool e criação” não está dada em manuais. A relação entre o homem e a bebida, de tão ampla, pode ser analisada por meio de várias abordagens: mitológica, histórica, sociológica, filosófica, artística ou psicanalítica.

Inegável que o uso e abuso de bebidas alcoólicas influenciou de maneira indelével a formação das civilizações através da história. Em que medida e com que consequências, é uma discussão difícil de concluir.

Rebeldia e dor. Paixão e tragédia. Loucura e criação

Sem fazer diretamente uma apologia ao uso do álcool, nos ensaios de O Último Copo, o filósofo e sociólogo, Daniel Lins, analisa a arrebatadora presença da bebida no campo acidentado da existência humana.

O alcoolismo é um assunto desagradável. Quem não é afetado diretamente pelo problema (ainda que seja quase impossível não olhar para a própria família e/ou para o núcleo de amigos sem identificar alguém que esteja bebendo demais) finge que o assunto não é com ele.

A outra parte da humanidade – os alcoólatras na ativa – não podem nem ouvir falar da questão. Não admitir, em seu íntimo, o problema é um dos sintomas recorrentes da doença, segundo a literatura médica especializada.

Assim, não é simples estudar esta que é uma das mais antigas manifestações humanas e sua relação com a cultura e com o processo civilizatório sem escorregar em preconceitos ou na simplificação das respostas para que pareçam únicas e definitivas.

O G Ideias coloca o tema em debate a partir do confronto entre dois livros de ensaios publicados neste mês.

Ambos, com o mérito de serem ambiciosos exames do problema à luz de alta bibliografia da filosofia e da psicanálise, têm linguagem e abordagens, às vezes, complementares e, em grande, parte, opostas.

O primeiro livro é Ensaios sobre a Embriaguez (Record), de Vicente de Britto Pereira, que procura analisar o discurso e a busca do alcoolista. Nesse caminho, o autor observa como o uso do álcool, de maneira sutil e especial, se relaciona com a criação artística.

O outro é O Último Copo (Record), do filósofo, sociólogo e psicanalista francobrasileiro Daniel Lins, que, com texto e pensamento expressos com fervor inebriado, desafia os tabus do tema ao arrepio de qualquer moralismo.

Começando pelo primeiro livro, em um tom sóbrio e equilibrado, Pereira tenta com muita pesquisa e alguma dose de experiência pessoal “entender o comportamento dessas pessoas que, no fundo, ao procurar um renascimento, encontram o espectro da morte”.

No ensaio que abre o volume, ele parte da constatação de que o consumo de bebidas alcoólicas tomou a proporção de uma epidemia, tanto pelo número de pessoas que atinge e por sua presença diária e constante, quanto por seu caráter de banalidade.

A trágica premissa é corroborada por números da Organização Mundial de Saúde (OMS), que avaliou, em 2012, que cerca de 2 bilhões de pessoas consomem álcool regularmente em todo o mundo.

Deste universo, um contingente expressivo (cerca de 12% da população adulta) terá problemas sérios de dependência e de uso nocivo de bebidas.

A partir dessa inconveniente verdade, Pereira estuda a relação do álcool com os processos sociais. O autor admite que não há como negar os efeitos positivos das drogas e do álcool em termos de relaxamento, liberação de certas amarras pessoais, de criação de outras realidades e em manifestações artísticas.

Ele não admite, porém, que a excelência dessas manifestações artísticas se deva a ingestões pesadas de álcool, mas, sim, ao talento natural dessas pessoas, “pois de outro modo seria muito fácil se tornar um grande artista”.

“Entretanto, temos que lamentar que uma boa parte desses artistas nos deixem apenas alguns lampejos de suas criações devido, em grande parte, ao seu estilo de vida e morte, não nos brindando, por exemplo, com o que nos legaram um Picasso ou um Matisse com suas longas vidas.”

Entrevista

Vicente de Britto Pereira, ensaísta

Um inimigo sutil, íntimo e dissimulado

A relação do homem com o álcool é histórica, mística e cultural, mas tomou outra proporção na Grécia Antiga. Como esta influência clássica mudou a relação do Ocidente com o álcool?

O ensaio sobre o vinho na Grécia Antiga, centrado na figura contraditória do deus Dionísio, teve como objetivo ressaltar a importância que a cultura desta bebida teve para a história do pensamento ocidental em várias de suas manifestações.
Procurei, de um lado, mostrar como o vinho estava intimamente associado à vida, a uma vida boa, e à natureza, mas que devia ser tratado com todo o respeito e temor.

E, por outro lado, apresentar a verdadeira face do denominado “deus do vinho” e das práticas orgásticas, por meio de seus aspectos civilizatórios que marcaram profundamente nossa cultura, como, por exemplo, a mediação entre os deuses e os homens através da tragédia grega.

Álcool e inteligência humana são falsos aliados?

Na minha experiência, posso tranquilamente afirmar que as pessoas que buscam drogas e álcool são em geral bem dotadas. Daí, inclusive, vem parte das dificuldades em entendê-los adequadamente.

Para o senhor beber é um ato narcisista?

O tratamento que dei à questão do narcisismo em um dos meus ensaios procura mostrar que podem existir relações estreitas entre a dependência do álcool e feridas narcisísticas ocorridas na infância, sempre procurando qualificar adequadamente os conceitos modernos sobre narcisismo, e não versões corriqueiras do fenômeno.

O senhor cita em um capítulo a “sutileza” do alcoolismo em relação a outras formas de toxicomania. Quais são essas singularidades e por que elas são especialmente perigosas?

A sutileza do alcoolismo reside basicamente em alguns aspectos, como o longo tempo de convívio crescente e íntimo com seu objeto de desejo, a criação de uma nova história pessoal, a redefinição de suas relações com o “outro” e, enfim, seu caráter dissimulador, negativo e estranho.

O capítulo final trata da recuperação “possível” do alcoólatra. O senhor apresenta alguns périplos de esperança. Há recuperação possível? O senhor tem essa experiência pessoal?

O livro está todo baseado em minhas experiências e em minhas inquietações intelectuais. As bebidas alcoólicas fizeram parte de minha vida durante muito tempo, e já não o fazem há quase dez anos.

Como o senhor acha que o Estado deve interferir na decisão de homens adultos a respeito do que eles desejam ingerir? Qual é o seu ponto de vista sobre o papel do poder público no controle do abuso de álcool?

Os objetivos principais da minha pesquisa dizem respeito ao entendimento do discurso e da busca do alcoolista. Não foi minha pretensão propor políticas públicas sobre a matéria, e muito menos caminhos para a recuperação de pessoas com problemas com o álcool. Mas, sem querer entrar nesta seara, tenho certeza de que o Estado não está cumprindo com suas funções sociais de prevenção e controle do maior problema de saúde pública que existe no país.

domingo, 19 de maio de 2013

Levar a mensagem ao alcoólico

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REVISTA BRASILEIRA DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS - Nº 65 - MAI/JUN 2000 Uma aula de espiritualidade

 

A leitura de Variedades da Experiência Religiosa, de Williams James

, reservou "gratíssimas surpresas" a este companheiro.
Foi como se eu tivesse realmente "pronto" - no quarto ano de A.A. - para ler o texto do filósofo norte-americano William James, considerado o "pai da moderna psicologia". Li Variedades da Experiência Religiosa como quem estuda: com cuidadosa atenção e anotando passagens importantes num bloco de papel. Como não encontrei uma edição em português, recorri a um volume em espanhol, numa biblioteca pública, e isso por si só tornou minha leitura ainda mais atenta.
Foram muitas e gratíssimas as surpresas. A experiência foi notável, não só por confirmar para mim aspectos da espiritualidade que eu já havia percebido, por meio da prática do programa de A.A. - a exemplo da consideração do autor de que "Deus é real desde o momento em que produz efeitos reais", mas também porque me abriu novas e valiosas perspectivas de crescimento espiritual, ao esclarecer sensações que já tinham me assaltado mas que não conseguia identificar com clareza. Caso desta passagem:
"A prece ou a comunhão íntima com o espírito transcendental - seja 'Deus' ou 'lei' - constitui um processo onde o fim se cumpre realmente, e a energia espiritual emerge e produz resultados precisos, psicológicos ou materiais, no mundo fenomenológico.".
Ao final da leitura sobrou para mim uma certeza: a de que o crescimento espiritual constante poderá me conduzir a um estado em que minhas preces deixem de ser meramente súplicas (como foram até agora e acredito que assim continuarão por tempo indeterminado) e passem a representar um estado mais elevado, em que eu possa louvar e amar a Deus como Ele merece ser louvado e amado - para que a semente de Sua presença dentro de meu próprio espírito possa se tornar plenamente efetivada.
Confesso que, de início, não achava que fosse ler o livro inteiro, mas apenas dois dos 20 capítulos, os que tratam da conversão (que eu entendo como despertar espiritual). Findos os dois capítulos (cada capítulo corresponde a cada uma das 20 conferências realizadas por James na Universidade de Edimburgo, na Inglaterra, entre 1901 e 1902), compreendi que tinha aberto uma arca de tesouro, passando a devorar tudo.
Há no livro um aspecto que, logo de saída, me fisgou: a generosidade do mestre, que não dá um passo sem relatar detalhadamente casos verídicos (alguns envolvendo alcoólicos), além de citar bastante outros autores e pesquisadores - como é o caso destas palavras , creditadas ao professor Leuba, contemporâneo seu e também precurssor da psicologia da religião:
"Deus não é conhecido, não é compreendido, é simplesmente utilizado, às vezes como provedor material, às vezes como suporte moral, às vezes como amigo, às vezes como objeto de amor. Se demonstrar sua utilidade, a consciência espiritual não exige mais nada.
Existe Deus realmente?
O que é?, são perguntas irrelevantes.
Não é a Deus que encontramos na análise última dos fins da espiritualidade, mas sim a vida, maior quantidade de vida, uma vida mais ampla, mais rica, mais satisfatória. O amor à vida, em qualquer e em cada um de seus níveis de desenvolvimento, é o impulso religioso".
Outra citação, creditada pelo autor a Frederic Myers: "Se perguntarmos a quem dirigir a prece, a resposta (curiosamente, é certo...) há de ser isso não tem demasiada importância; a prece não é uma coisa puramente subjetiva, significa um incremento real da intensidade de absorção de poder espiritual - ou graça -, mas não sabemos suficientemente o que ocorre no mundo espiritual, para saber como atua a prece, quem toma conhecimento dela, ou por que tipo de canal é outorgada a graça".
James também afirma que "o ponto religioso fundamental é que na prece e energia espiritual - em outros momentos adormecida - torna-se ativa e realmente se efetua uma obra espiritual de algum gênero". Ele constatou, em suas extensas pesquisas sobre homens e mulheres que conseguiram despertar seu íntimo espiritual , que "o novo ardor que acende o peito dessas pessoas consome, com seu fulgor, as inibições inferiores que antes as perseguiam e imuniza-as da porção vil de suas naturezas. A magnanimidade, antes impossível, agora parece fácil; os convencionalismos insignificantes e os vis incentivos, antes tirânicos, agora não mais as subjugam".
Muito antes da fundação de A.A., James já utilizava palavras muito familiares a todos nós, membros da Irmandade: "O despertar espiritual pode advir por um crescimento gradual ou abruptamente (por crisis), mas em qualquer desses casos parece ter chegado 'para ficar'...". Citando Starbuck, outro contemporâneo seu, James comenta que o efeito do despertar espiritual consiste em proporcionar "uma mudança de atitudes com relação à vida, que é constante e permanente, ainda que os sentimentos flutuem...".
Essa singela colocação, "ainda que os sentimentos flutuem", produziu em mim um efeito balsâmico. É que durante um bom período de minha recuperação pessoal, vivia com medo de que minhas oscilações emocionais constituíssem um grande risco. É certo que preciso continuar muito atento a meus altos e baixos emocionais, mas o fato é que tal reflexão veio confirmar o que eu já vinha percebendo há algum tempo. Ou seja, que, como ser humano, estou sujeito a uma certa gangorra de sentimentos, que nem sempre, contudo, leva a uma recaída alcoólica.
Um pouco mais de esclarecimento, sobre os meus temores de recaída, chegou-me com essa reflexão: "Enquanto a nova influência emocional não alcançar um tom de eficácia determinante, as mudanças que produz são inconstantes e volúveis e o homem volta a recair em sua atividade original.
Mas quando uma emoção nova consegue uma certa intensidade, atravessa-se um ponto crítico, conseguindo-se uma revolução irreversível equivalente à produção de um novo estado natural".
E é muito significativo que, 35 anos antes da fundação de A.A., William James, confrontando o "santo" (para o autor, santa é toda pessoa com faculdades espirituais fortes e desenvolvidas) e o "homem forte" (refere-se ao conceito de super-homem, de Nietzche), tenha escrito: "(...) No entanto, é possível conceber uma sociedade imaginária na qual não caiba a agressividade mas sim apenas a simpatia e a justiça - qualquer pequena comunidade de verdadeiros amigos conduz a essa sociedade. Quando consideramos abstratamente esta sociedade, ela seria, em grande escala, o paraíso, já que cada coisa boa se produziria sem nenhum desgaste. O santo se adaptaria perfeitamente a essa sociedade.
Suas maneiras pacíficas seriam positivas para seus companheiros e não haveria ninguém que se aproveitasse de sua passividade. Portanto, o santo é, abstratamente, um tipo de homem superior ao 'homem forte', porque se adapta a essa sociedade mais elevada concebível, sem depender para nada o fato desta sociedade vir a se concretizar ou não jamais". Impossível não fazer uma analogia com A.A.
Nessa altura de minha programação pessoal, estou amplamente convencido de que a vasta literatura de A.A. é mais do que suficiente para minha recuperação constante - só por hoje. Lendo o livro de William James , pude sentir uma enorme satisfação também pelo fato de estar bebendo das águas de um dos regatos dos quais Bill W. se serviu. E uma grande necessidade de compartilhar minha experiência com os leitores da revista.
Vinte e quatro horas a todos.
Juan, São Paulo/SP
Revista Vivência nº 65 - - maio/junho 2000

Em todas as nossas atividades...

 
Acredito que as tradições servem tanto para manter unidos os grupos que compõem a Irmandade de A.A., mas também servem para que cada membro as aplique em seu dia-a-dia.AA-muito-mais-que...
Por exemplo, a Primeira Tradição nos fala de bem estar comum e de unidade. Sua mensagem significa que se vivo em unidade, harmonia e serenidade em meu trabalho e com minha família, minha vida terá características parecidas.
Tendo em conta que um Poder Superior está por cima de tudo (Segunda Tradição), se ajo de acordo com os preceitos divinos, nada de mal pode me acontecer.
Posso também colaborar com os outros e ajudá-los em qualquer circunstância, sem juízos nem discriminações (Terceira Tradição), deixando de lado o medo e dando o melhor de mim.
Comprometido  com meu trabalho, conservo minha individualidade sem que isso afete aos que me cercam. (Quarta Tradição).
Quando me proponho uma meta, busco-a com perseverança, sem escutar qualquer "canto de sereia" que poderia me desviar de meu objetivo primordial (Quinta Tradição).
Sempre tenho presente que quando uma situação envolve propriedade, dinheiro e prestígio (Sexta Tradição), devo andar com ´"pés de chumbo", porque sou extremamente "sensível" a essas coisas. Tento ser economicamente autossuficiente sem pedir ajuda a ninguém, praticando a moderação em meus gastos e equilibrando meu orçamento (Sétima Tradição). Esse hábito da economia está inspirado na sugestão de uma "reserva prudente".
Não sei tudo, por isso recorro aos que sabem mais do que eu, aos profissionais especialistas (Oitava Tradição). Não preciso fazer tudo sozinho; a ajuda  e os conselhos daqueles que estão acostumados a um tema podem me aproximar mais de um objetivo.
Delegar e compartilhar são habilidades que eu desconhecia e que adquirí na medida em que fui aceitando as pessoas, os lugares e as coisas (Nona Tradição).
Viver e deixar viver, essa máxima me afastou da controvérsia e me ensinou que às vezes é melhor ficar calado no momento oportuno do que ganhar uma discussão infrutífera (Décima Tradição).
Quando tenho uma ideia e quero compartilhá-la, trato de atrair aos que podem se interessar por ela e não de promovê-la como fazia nos bares (Décima Primeira Tradição).
Não importa o tamanho da obra que se esteja realizando; o que devo fazer é guardá-la para mim, manter-me anônimo (Décima Segunda Tradição) e isso é um grande sacrifício, me custa muito. Mas é necessário tentar e eu continuo tentando.


    (Grapevine, julho/agosto 2000)                              Colaboração: Wagner T.

sábado, 27 de abril de 2013

PRIMEIRO ENCONTRO CTO E VIVÊNCIA–PARANÁ

cartaz AA

LIVRO AZUL

O LIVRO AZUL NO BRASIL
Eloy Toledo

Em dias de 1969, AAWS, Inc. recebeu uma carta do Grupo Central do Brasil, do Rio de Janeiro,alcoolicosAnonimos solicitando autorização para traduzir e editar o livro "Alcoólicos Anônimos". Poucos dias mais tarde aquela empresa recebia outra carta, agora do Grupo Senador Dantas, também do Rio de Janeiro, com a mesma solicitação. Gilberto, um brasileiro funcionário da ONU em Nova Iorque que vinha em férias para o Rio, passou pelo GSO para saber se havia algo para Grupos do Brasil, sendo então solicitado a investigar as razões dos pedidos de diferentes Grupos com relação ao texto base de A.A.

De volta a Nova Iorque, Gilberto, informou ao pessoal do GSO que aqueles grupos vinham, fazia tempo, guerreando por razões de somenos importância, informando mais, que naquele momento não havia unidade no A.A. do Rio a recomendar tarefa de tamanha importância.
Todavia, acrescentou Gilberto, a companheira Dorothy lhe informara que, em São Paulo, um norte-americano, chamado Donald já tinha parte do livro traduzido para uso no seu Grupo e que o considerava em condições de empreender essa missão.

O Gerente do GSO, então, escreveu a Donald perguntando-lhe se aceitava o encargo de traduzir e publicar o livro. Se aceitasse, deveria formar um Comitê para gerir essa atividade, um LDC (Literature Distribution Center). Donald respondeu que aceitava a responsabilidade que lhe ofereciam, porém que os Grupos do Brasil não tinham recursos financeiros para a publicação. O GSO resolveu financiar o empreendimento e quando o CLAAB - Centro de Distribuição de Literatura de AA para o Brasil foi constituído, recebeu a importância de US$ 2.000,00 (dois mil dólares americanos) com os quais o Livro pode ser impresso e colocado à disposição do público e dos Grupos de A.A., em novembro de 1969.

O empréstimo do GSO estabelecia condições para o pagamento: a cada dia 30 o CLAAB deveria enviar ao GSO o valor correspondente a um dólar por cada livro vendido no mês findo.No final de um ano haviam sido vendidos todos os 2.000 exemplares daquela primeira edição e a dívida quitada, porém o resultado da venda se esvaira na publicação dos folhetos "A.A. Na Sua Comunidade", "Você Deve Procurar o A.A.?", o livreto "44 Perguntas & Respostas" mais despesas correntes (aluguel, etc). Assim, para a nova edição, novo empréstimo foi feito, agora de US$ 3.000,00 (três mil dólares americanos), sem quaisquer especificações na forma de pagamento.

O empréstimo assumido no início de 1971 só foi totalmente liquidado no final de 1979 e dele resultou o patrimônio atual da JUNAAB e a estrutura do A.A. do Brasil.

--
Wagner
+55(11) 5021-6104
+55(11) 7598-1571

PROGRAMAÇÃO DE MAIO 2013

GRUPO NOVA ALMEIDA DE A.A.

End.: Rua Edivaldo Lima, s/nº - Anexo à Escola Virgínio Pereira

Nova Almeida – CEP 29182-050

Serra – ES

Reuniões: 3ª, 5ª e Sábados: 19h30 às 21h30

PROGRAMAÇÃO – MAIO DE 2013

DIA

SEMANA

REUNIÃO

02

Quinta-feira

Literatura

04

Sábado

Aberta

07

Terça-feira

Minitemática

09

Quinta-feira

Literatura

11

Sábado

Aberta *

14

Terça-feira

Minitemática

16

Quinta-feira

Literatura

18

Sábado

Tema: 5º Passo *

21

Terça-feira

Minitemática

23

Quinta-feira

Literatura

25

Sábado

Tema: 4ª Tradição

28

Terça-feira

Minitemática

30

Quinta-feira

Literatura

* Reprogramado com inversão de datas

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A opinião de um médico sobre o início da cooperação mútua entre A.A. e a medicina.

 

Alcoólicos Anônimos sem dúvida alguma deve muito a alguns médicos que, desde o início, apoiaram-na firmemente.medico

Por outro lado, também é importante assinalar que o A.A. colaborou com um melhor conhecimento da medicina sobre o alcoolismo, divulgando o conceito de que fosse uma doença primária. Até então, imaginava-se que o alcoolismo fosse conseqüência de uma grande variedade de distúrbios psíquicos ou éticos-morais, que uma vez solucionados, poderiam levar o indivíduo novamente a um consumo moderado de álcool.

A moderna concepção de enfermidade começou com o Dr. William Silkworth, psiquiatra de um certo renome em Nova York que, observando a recuperação espetacular de um de seus pacientes, o co-fundador Bill W., formulou a teoria de que o alcoolismo poderia ser "como que uma alergia física, associada a uma obsessão mental". Desta forma, ficou registrada no Livro Azul.

A teoria do Dr. Silkworth tinha lógica: baseava-se em que haveria uma reação anormal no organismo do alcoólico ao álcool, de modo que ao consumi-lo surgia uma compulsão incontrolável por mais bebida. Desta forma o alcoolismo passou a ser visto por ele como uma doença crônica, isto é, incurável, que só poderia ser controlada pela abstinência desta substância. Clinicamente, funcionava como se fosse uma alergia.

Existe uma biografia de Bill W. publicada pelo GSO, com recente tradução para o espanhol, em que se relata com mais detalhes o primeiro encontro que ele teve com o Dr. Bob, falando dessa nova teoria médica e assim despertando o interesse de seu interlocutor. Desta forma, o que estava previsto para durar dez minutos, acabou rendendo muitas horas de conversa, a partir do momento em que o Dr. Bob viu despertar seu interesse científico e pessoal pelo assunto.

À medida que Alcoólicos Anônimos ia cada vez mais recuperando bêbados sem esperanças, crescia também o apoio à teoria da doença entre os médicos. A primeira grande instituição científica a admitir este fato foi a Associação Psiquiátrica Americana, presidida por um grande amigo de A.A., o Dr. Harry Tiebout. Em seguida vieram a Associação Médica Americana e, por pressões destas duas, finalmente a Organização Mundial de Saúde.

Passados sessenta anos, a concepção de que alcoolismo seja uma doença primária fortalece-se cada vez mais. Hoje, à luz dos novos conhecimentos de pesquisa médica, existem sólidos argumentos a favor de que algumas pessoas nascem com uma predisposição ao alcoolismo e de que ao associarem isto ao ato voluntário de beber sem moderação, desenvolvem uma capacidade de reagir ao álcool diferente das pessoas que não têm esse tipo de problema, tornando-se dependentes químicos do etanol. Na realidade, parece que as células nervosas de alguns indivíduos, por razões básicas ainda ignoradas, adaptam-se ao consumo exagerado de álcool tornando-se mais excitáveis, por diversos mecanismos neuro-químicos. Nesta condição, a falta de álcool detona uma síndrome de abstinência muito desconfortável e provoca uma compulsão física mais ou menos intensa, mas de qualquer forma progressiva.

Paralelamente, surge o hábito de associar alguns estados emocionais ao consumo de bebida, de tal forma que isto acaba também sendo compulsivo, dando origem a uma dependência psíquica. Assim, usando outras palavras, conseqüência do progresso científico no assunto, voltamos à concepção original de que o alcoolismo seria como "uma alergia física, associada a uma obsessão mental".

Vejam como as coisas evoluíram de forma paralela: talvez o Dr. Bob não se interessasse em ouvir o que Bill W. tinha para lhe contar, não fosse a referência à teoria científica do Dr. Silkworth. Mas quando ouviu, e o A.A. foi fundado, os resultados influenciaram outros médicos a pesquisar o assunto e em concordar com os Alcoólicos Anônimos, encaminhando seus pacientes até seus Grupos, surgindo um antigo e profícuo vínculo de colaboração entre Alcoólicos Anônimos e a classe médica que hoje aumenta cada vez mais, em benefício do alcoólico que ainda sofre.

(Dr. Alberto Duringer L. da Silva) ** In Memorian

(VIVÊNCIA nº 44 Nov/Dez 96)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Capítulo 2 - HÁ UMA SOLUÇÃO

 

alcoolicosAnonimos

Nós de Alcoólicos Anônimos, conhecemos milhares de homens e mulheres que estiveram um dia, tão desesperados quanto Bill. Praticamente todos estão recuperados. Resolveram seu problema com a bebida.

Somos americanos comuns. Todos os setores do pais e varias profissões estão aqui representadas, assim como varias posições politicas, econômicas sociais e religiosas.

Somos pessoas que normalmente não se encontrariam juntas. Mas há entre nós, um companheirismo, uma amizade e uma compreensão indescritível e maravilhosa.

Somos como os passageiros de um grande navio após serem salvos de um naufrágio, quando a camaradagem, a alegria e a democracia se espalham por toda a parte, da terceira classe à mesa do capitão.

Ao contrario do que ocorre com os passageiros do navio, entretanto nossa alegria por escapar do desastre não diminui quando seguimos nossos caminhos individuais. O sentimento de termos compartilhado um perigo comum a todos é um dos elementos desta poderosa massa que nos aglutina. Mas apenas isto jamais nos teria mantidos unidos como estamos agora.

O que aconteceu de extraordinário com todos nós foi o fato de termos descoberto uma solução em comum. Temos um caminho a respeito do qual concordamos unanimemente e no qual podemos nos unir, numa atividade fraterna e harmoniosa. Esta é a grande notícia trazida por este livro àqueles que sofrem de alcoolismo.

Uma doença como esta - e viemos a acreditar que é uma doença - envolve aqueles que nos cercam como nenhuma outra enfermidade humana. Se uma pessoa sofre de câncer, todos sentem muito por ela e ninguém fica zangado ou ferido. Mas o mesmo não ocorre no caso da doença do alcoolismo, pois ela traz consigo a destruição de todas as coisas valiosas. Consome todos os que têm suas vidas de algum modo ligadas ao doente. Provoca incompreensão, enormes ressentimentos, insegurança financeira, aborrecimentos de amigos e empregadores, vidas deformadas para crianças inocentes, pais e esposas tristes - a lista é infinita.

Esperamos que este livro informe e conforte aqueles que são, ou possam vir a ser afetados. Existem muitos.

Psiquiatras altamente competentes, sob cujos cuidados estivemos, consideraram, algumas vezes, impossível persuadir um alcoólico a discutir sem reservas sua situação. Por mais estranho que pareça, esposas, pais e amigos íntimos nos consideram ainda mais inacessíveis.

Mas o ex bebedor problema que encontrou esta solução, que está adequadamente equipado com fatos de sua própria vida, pode, em geral, ganhar a inteira confiança de outro alcoólico, em algumas horas. Antes que se consiga atingir este tipo de entendimento, pouco ou nada pode ser realizado.

Que o homem que faz a abordagem tenha passado pelas mesmas dificuldades; que ele evidentemente saiba do que está falando; que todo o seu comportamento deixe bem claro para o abordado que ele realmente encontrou a resposta; que não tenha atitudes de "sou melhor que você", nada além do sincero desejo de ser útil. Que não há taxas a pagar, nem interesses pessoais, nem pessoas a quem agradar, nem sermões a aguentar - são estas as condições que descobrimos serem as mais eficazes. Após uma abordagem deste tipo, muitos se levantam de suas camas e andam novamente.

Nenhum de nós se dedica exclusivamente a este trabalho; nem acreditamos que sua eficácia seria maior se assim fizéssemos. Sentimos que a eliminação da bebida é apenas um começo. Uma demonstração muito mais importante de nossos princípios é a que damos em nossos respectivos lares, profissões e negócios. Todos nós dedicamos a maior parte de nosso tempo livre ao tipo de esforço que descreveremos adiante. Uns poucos têm a sorte de poder dedicar quase todo o seu tempo a esse trabalho.

Se continuarmos a seguir o caminho por onde temos ido, é bastante provável que os resultados sejam muito bons; mas permaneceríamos ainda na superfície do problema. Aqueles de nós que vivem nas grandes cidades sentem-se impotentes diante da reflexão de que cerca de centenas de pessoas mergulham diariamente no esquecimento. Muitas poderiam se recuperar, se tivessem uma oportunidade como a nossa. Como, então, faremos para levar ao seu conhecimento aquilo que nos foi gratuitamente oferecido?

Decidimos publicar um livro anônimo, expondo o problema assim como o vemos. Para esta tarefa, traremos a combinação de nossa experiência e nosso conhecimento. Nossa intenção é sugerir um programa útil para quem quer que se preocupe com um problema de bebida.

É inevitável que abordemos questões médicas, psiquiátricas, sociais e religiosas. Temos consciência de que estes tópicos são, por sua própria natureza, controversos. Nada nos agradaria mais do que escrever um livro que não contivesse material para discordâncias ou argumentações. Faremos o possível para atingir este ideal. A maioria de nós percebe que a verdadeira tolerância em relação às falhas e aos pontos de vista alheios, e o respeito às suas opiniões, são atitudes que nos tornam mais úteis ao próximo. Como ex bebedores problema, nossas próprias vidas dependem de nossa constante preocupação com os outros e com o modo pelo qual podemos ajudá-los.

Talvez você já tenha se perguntado porque todos nós ficamos tão doentes por causa da bebida. Sem dúvida tem curiosidade de descobrir como e porquê; apesar da opinião em contrário dos especialistas, recuperamo-nos de um estado mental e físico sem esperanças. Se você é um alcoólico que deseja superar esta condição, pode já estar se perguntando:

"O que preciso fazer?"

A intenção deste livro é responder especificamente a tais perguntas. Nós lhe diremos o que fizemos. Antes de passar a uma discussão detalhada, talvez seja conveniente resumirmos alguns pontos, tal como os compreendemos:

Leia o Livro Alcoólicos Anônimos – conheça nossa literatura

terça-feira, 2 de abril de 2013

Boletim Informativo do Setor Sudeste

Da Área o2/MG- Ano 2-nº 5-Março/ Abril de 2013

Apadrinhamento em A. A. (1)


“Parece-me que, através de Bill e de Dr. Bob, Deus disse para todos nós: ‘ Há muitas tarefas em muitos campos e escolho meus trabalhadores de acordo com seus talentos’.”

Anne O’ C, da Austrália, na VI Reunião Mundial de Serviço-Junho de 1980-* Nova Iorque – EUA.

Por possuir uma característica totalmente diferente das demais instituições, Alcoólicos Anônimos procura simplificar ao máximo a admissão de um novo membro, colocando apenas um requisito para o recém- chegado:”... o desejo de parar de beber.”

Entretanto, a proposta de A. A. é muito mais ampla do que o fato não beber.

‘Depois que o novo membro descobre que é possível passar as primeiras vinte e quatro horas sem beber, o desfile das histórias dos mais antigos faz descortinar-lhe a possibilidade de recupera- cão de todos os valores perdidos durante o alcoolismo ativo.

O companheiro novato visualiza a chance de reaver a confiança da família, do empregador, da sociedade, enfim, da sua reintegração à sociedade, com tudo que lhe é direito. ’

‘’Mas os primeiros passos nessa nova estrada requerem orientação. “E essa orientação virá de várias formas, por meio dos depoimentos e das histórias narradas pelos membros já integrados ao movimento.”

‘Embora haja uma preocupação de cada membro em orientar, convém que seja informado ao recém-chegado que ele deverá observar, entre todo aquele membro com quem ele mais se identifique, ou que ele suponha que haja mais afinidade, para, com segurança, falar das suas angústias, discutirem as suas necessidades, os seus problemas e dirimir as suas dúvidas. ’

“Em A. A., a essa pessoa – homem ou mulher- é dado o nome de padrinho/ madrinha. Geralmente uma pessoa com sobriedade consistente. O padrinho/madrinha orienta o recém-chegado, passando-lhe a sua experiência de vida durante os seus primeiros dias e de como está atingindo patamares mais satisfatórios no amplo universo de recuperação.”

‘Cada membro de A. A. é um padrinho em potencial de um novo membro e deveria reconhecer claramente as obrigações e deveres de tal responsabilidade’.

“A aceitação da oportunidade de levar o plano de A. A. para aquele que sofre no alcoolismo compreende responsabilidades muito reais e criticamente importantes. Cada membro, ao praticar o apadrinhamento de um alcoólico, deve lembrar que está oferecendo o que é, freqüentemente, a última chance de reabilitação, de sanidade, ou mesmo, de vida.”

‘Nenhum membro é suficientemente sábio para desenvolver um programa de que possa ser aplicado, com sucesso, a todos os casos. Somente o fato de não beber não credencia a quem quer que seja a orientar o novato sobre o que é Alcoólicos Anônimos e como o indivíduo deverá se comportar na busca de uma vida melhor. “A recuperação integral requer mudanças de atitude, de comportamento e de ações que possam permitir que o indivíduo se transforme.”

‘Ao longo da caminhada em A. A., seja por meio de leitura das nossas publicações, seja pela participação em todos os níveis dos Três Legados, ou ainda pela observância e avaliação dos fatos ocorridos, cada um descobre a sua vocação e apropria maneira de tentar canalizar sobriedade àqueles que a estão buscando. ’

“Se um membro, já integrado, se lembrar de suas dúvidas, dos seus medos, da sua insegurança quando da chegada em A. A., certamente irá se preocupar em facilitar o caminho daquela, quase sempre frágil e crente criatura que hoje tenta mudar a sua vida. Descobrirá que um bom padrinho deverá se preparar para ser um bom orientador.”

sábado, 30 de março de 2013

" OS LEMAS DE A. A. ... "

" OS LEMAS DE A. A. ... "
O A.A...é uma "Escola de Vida". e tudo que serve ao alcoólico para ajudar na
sua recuperação e a nós, é plenamente válido e aceito por nós. Tudo em A.A.
foi apanhado "emprestado" de outrem, burilados e adaptados para nossa
própria recuperação."Do livro "Caminhos da Vida" de Bill W. "A.A. não se
inventou! Seus métodos e fundamentos nos foram legados através da
experiência e sabedorias de muitos grandes amigos.. Nós simplesmente tomamos
e adaptamos suas idéias!" Nada melhor para expressar essas "idéias" que os
LEMAS, por nós usados:
1. Evite o 1º gole!
2. Viva e deixe viver!
3. Primeiro as primeiras coisas!
4. Vá com calma... Mas vá!
5. Só por hoje...
6. Não se deixe levar muito a sério!
7. Só pela graça de Deus!
8. Não se desespere!
9. Pense!
10. Um dia de cada vez!
11. Saia da direção!
12. Isto também passará!
13. Ame ao seu vizinho, mas... faça a sua cerca!
14. Não espere nada dos outros!
15. Entregue-o...!
16. Eu não parei. Me rendi!
17. A paciência pode mais que a sabedoria!
18. Pense antes de beber. A hora de procurar seu padrinho é antes. Não depois!
19. Faça as coisas fáceis! Não procure dificultá-las!
20. Não espere perfeição!
21. É preciso perdoar!
22. Fuja dos ressentimentos!
23. Pare, olhe, pense!
24. Um é muito, mil não chegam!
25. O que não tem solução, solucionado está!
26. Sapateiro, aos teus chinelos!
27. O bom é o pior inimigo do melhor!
28. Não dê tempo à solidão!
29. Esqueça os prejuízos!
30. Deus é a solução!
31. Que comece por mim!
32. Ação! Esta é a palavra mágica – AÇÃO!
33. Dê tempo ao tempo!
34. Sorria e o mundo sorrirá consigo!
35. O amanhã somente a Deus pertence. Faça-o HOJE!
36. O ignorante deprecia. O sábio investiga. Seja sábio!
37. É dando que se recebe!
38. Leve a mensagem!
39. Humildade não é humilhação. É força provinda de Deus!
40. Não fique em cima do muro. Tome uma decisão!
41. Tudo pela graça de Deus!
42. Abstinência não é sobriedade. O sóbrio tranqüiliza. O abstêmio tumultua!
43. Fuja da armadilha do "se"!
44. Foi bom você ter vindo!
45. Encontre seu próprio caminho!
46. Experimente os Passos. Respeite as Tradições!
47. Olhe-se primeiro. Depois... Olhe-se de novo!
48. Não procure inventar a roda!
49. Quem esquece o seu passado está condenado a repeti-lo!
50. Só os arrogantes são humilhados. Os humildes são exaltados!
51. Deus não perdoa, nem castiga. JUSTICIA!
52. O A. A. é uma obra de Deus. Respeite-OS!
53. Não procure esconder seus defeitos na garrafa. Livre-se deles!
54. O exemplo não é a melhor forma de convencer. É a ÚNICA!
55. Meça suas palavras. Uma vida pode depender delas!
56. Acomodação não é serenidade. É defeito de caráter. TRABALHE!
57. O melhor está por vir!
58. O segredo está sempre na próxima reunião!
59. O ressentimento é a cal virgem do alcoólatra. Destroem-no!
60. Não beba HOJE, mesmo que o mundo todo se acabe!
61. Evite pré-julgar. Aprenda a escutar, a pensar e a esperar!
62. Deus não exige que consigamos. Espera apenas que tentemos!
63. Se você tiver dois problemas, procure resolve-los. Se quiser ter três, beba!
64. Quem se precipita decide mal!
65. Não lamente o pneu furado. Dê graças a Deus pelo telefone perto!
66. Se queres ser feliz por um dia, vinga-te. Se queres ser feliz por toda a vida – PERDOA!
67. O tumulto é como bola de neve – quanto mais rola, mais cresce!
68. Em A.A. nada se cria. Tudo se copia!
69. Às vezes uma palavra resolve!
70. Não precisamos lamentar os erros passados. Devemos, isto sim, não procurar repeti-los!
71. Se o seu caso é beber, o problema é seu. Se é parar de beber, o problema é nosso!
72. Em vez de julgar as coisas erradas que os outros fazem, pense nas coisas certas que você deixou de fazer!
73. Errar é humano e na vida só não errou quem nada fez!
74. Digno de admiração não é aquele que cai, mas o que sabe se levantar!
75. O problema não é somar qualidades, mas...subtrair defeitos!
76. O homem, em si só é ação limitada. Comungando, repartindo, é FORÇA, é PODER!
77. Não critique. AJUDE!
78. Aceitação é um ato de AMOR!
79. Não exija perfeição nos outros, mas procure melhorar-se o quanto possível!
80. As almas são como as velas – acendem-se umas nas outras!
Produzido, por Aluizio F.
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CONHEÇA OS ESCRITOS E A LITERATURA A.A., ENVIE A MENSAGEM CORRETA!
Que o PS conceda-nos infinitas 24 Horas. SÓ POR HOJE!

sexta-feira, 29 de março de 2013

PERGUNTAS E RESPOSTAS

ALCOOLISMO E OS ALCOÓLICOS

Até há bem pouco tempo o alcoolismo era considerado como um problema moral. Hoje, muitos consideram-no principalmente como um problema de saúde. Para cada bebedor-problema, será sempre um assunto muito pessoal. Os alcoólicos que procuram AA fazem frequentemente perguntas relacionadas com a sua própria experiência, os seus próprios medos e a sua própria esperança de encontrar uma vida melhor.

O QUE É O ALCOOLISMO?

Há muitas ideias diferentes acerca do que o alcoolismo é na realidade. A explicação que parece fazer sentido para a maioria dos membros de AA é que o alcoolismo é uma doença, uma doença progressiva que nunca pode ser curada mas que, tal como outras doenças, pode ser detida. Indo um pouco mais longe, muitos membros de AA acham que a doença é a combinação de uma alergia ao álcool com uma obsessão mental pela bebida que, apesar das consequências, não pode ser vencida somente pela força de vontade.

Antes de entrarem em contacto com AA, muitos alcoólicos que não conseguem parar de beber consideram-se moralmente fracos ou até mentalmente desequilibrados. Para AA os alcoólicos são pessoas doentes que podem recuperar se seguirem um programa que é simples e que tem tido sucesso com mais de um milhão e meio de homens e mulheres.

Depois de o alcoolismo se ter instalado, não existe nada de moralmente errado com o facto de se estar doente. Nesta altura a força de vontade não resulta porque o doente perdeu o poder de escolha sobre o álcool. O importante é que ele encare de frente que é um doente e que aproveite a ajuda ao seu dispor. Também tem de ter o desejo de ficar bem. A experiência mostra que o programa de AA funcionará para todos os alcoólicos que forem sinceros no seu esforço para parar de beber, mas geralmente não resultará para aqueles que não estão absolutamente seguros de querer parar.

COMO POSSO SABER SE SOU REALMENTE UM ALCOÓLICO?

Só você poderá tomar essa decisão. Muitas pessoas que estão agora em AA tinham ouvido dizer que não eram alcoólicos que só precisavam de ter mais força de vontade, mudança de ambiente, mais descanso ou mais distracções para resolverem o seu problema. Estas mesmas pessoas acabaram por procurar AA porque sentiram, no seu íntimo, que o álcool as tinha derrotado e estavam dispostas a tentar qualquer coisa que as libertasse da compulsão pela bebida.

Alguns destes homens e mulheres passaram por experiências terríveis com o álcool até conseguirem admitir que o álcool não era para eles. Tornaram-se marginais, roubaram, mentiram, enganaram e até mataram durante o tempo em que bebiam. Aproveitaram-se dos patrões e maltrataram a família. Mostraram-se completamente irresponsáveis nas relações com os outros. Dissiparam os seus bens materiais, mentais e espirituais.

Muitos outros, com histórias muito menos trágicas, também procuraram AA. Nunca tinham sido presos nem hospitalizados. A sua maneira de beber excessiva talvez não tivesse sido notado pelos familiares e amigos mais próximos. Sabiam, porém, o suficiente sobre alcoolismo como doença progressiva para se assustarem. Entraram para AA antes de terem pago um preço muito elevado.

Em AA é costume dizer-se que não se pode ser um pouco alcoólico. Ou se é, ou não se é. Só a própria pessoa pode dizer se o álcool se tornou para ela um problema incontrolável. Consulte "Será que AA é para Si?"

UM ALCOÓLICO PODERÁ VOLTAR A BEBER "NORMALMENTE"?

Tanto quanto se sabe, quem se tenha tornado um alcoólico jamais deixará de o ser. O simples facto de se abster do álcool durante meses ou mesmo anos nunca deu a um alcoólico capacidade para voltar a beber normalmente ou em sociedade. Uma vez ultrapassada a fronteira que separa o bebedor excessivo do bebedor alcoólico irresponsável, parece não haver retrocesso. São poucos os alcoólicos que bebem deliberadamente para se meterem em dificuldades, mas estas parecem inevitáveis quando um alcoólico bebe. Depois de parar por algum tempo, o alcoólico pode pensar que não lhe fará mal experimentar umas cervejas ou uns copos de vinho. Isto pode levá-lo à ilusão de que pode evitar os problemas se beber só às refeições, mas não demorará muito até que o alcoólico volte ao velho padrão de bebedor excessivo, apesar de todos os seus esforços para se manter nos limites de uma maneira de beber moderada e social.

A resposta a esta pergunta, baseada na experiência de AA, é que quem é alcoólico jamais poderá controlar a sua maneira de beber. Assim só restam duas hipóteses: permitir que a maneira de beber se agrave progressivamente com todas as consequências prejudiciais que daí resultam, ou parar completamente e desenvolver um novo padrão de vida sóbrio e construtivo.

SERÁ QUE UM MEMBRO DE AA NÃO PODE BEBER NEM UMA CERVEJA?

É óbvio que em AA não há obrigações e ninguém controla os membros para saber se estão ou não a beber. A resposta a esta questão é que se uma pessoa é alcoólica, não pode arriscar-se a beber qualquer espécie de álcool. Álcool é sempre álcool, seja num martini, num whisky com soda, numa taça de champanhe - ou numa cervejinha. Para o alcoólico, um copo de álcool será sempre demais e vinte copos não chegam.

Para assegurarem a sua sobriedade, os alcoólicos têm simplesmente de se manter afastados do álcool, independentemente da quantidade, mistura ou concentração que pensam poder controlar.

É óbvio que poucas pessoas se embebedam com duas ou três garrafas de cerveja. O alcoólico sabe-o tão bem como qualquer outra pessoa. Mas os alcoólicos podem convencer-se de que vão simplesmente beber duas ou três cervejas e ficar por aí. Por vezes podem até seguir este plano durante alguns dias ou semanas. Podem acabar por decidir que já que estão a beber, o melhor será beber "a valer". Assim, aumentam o seu consumo de cerveja ou de vinho, ou passam para bebidas fortes. Uma vez mais, voltam ao ponto de partida.

CONSIGO MANTER-ME SÓBRIO DURANTE BASTANTE TEMPO ENTRE BEBEDEIRAS; COMO POSSO SABER SE PRECISO DE AA?

A maioria dos membros de AA diria que é a maneira como se bebe, e não a frequência com que se bebe que determina se se é ou não um alcoólico. No meio dos seus períodos de bebida muitos bebedores-problema podem estar semanas, meses e, às vezes, anos sem beber. Durante estes períodos de sobriedade poderão nem sequer pensar no álcool. Sem esforço mental nem emocional são capazes de escolher entre beber e não beber, e preferem não beber.

A dada altura, por razões inexplicáveis ou mesmo sem qualquer razão, apanham uma grande bebedeira. Esquecem o emprego, a família e outras responsabilidades cívicas e sociais. A bebedeira poderá durar uma só noite ou prolongar-se por dias ou semanas. Quando acaba, o bebedor fica geralmente fraco e cheio de remorsos, resolvido a não permitir que o mesmo volte a acontecer. Mas acontece.

Esta maneira "periódica" de beber é desconcertante, não só para aqueles que rodeiam o bebedor, como também para a própria pessoa que bebe. Ele ou ela não consegue perceber como é possível interessar-se tão pouco pelo álcool durante o período entre as bebedeiras e ter tão pouco controle sobre ele quando começa a beber.

O bebedor periódico pode ou não ser um alcoólico. Mas, se a sua maneira de beber se tornou incontrolável e se o período entre as bebedeiras é cada vez mais curto, é provável que tenha chegado o momento de enfrentar o problema. Se a pessoa está pronta a admitir que é alcoólica, então foi dado o primeiro passo em direcção à sobriedade continuada que milhares e milhares de A.A.s desfrutam.

OS OUTROS DIZEM QUE NÃO SOU ALCOÓLICO, MAS A MINHA MANEIRA DE BEBER PARECE ESTAR A PIORAR. SERÁ QUE DEVO ENTRAR PARA AA?

Enquanto bebiam, a família, amigos e médicos de muitos membros de AA asseguravam-lhes que não eram alcoólicos. O próprio alcoólico geralmente complica o problema por não estar disposto a enfrentar a situação de forma realista. Por não ser completamente honesto, o bebedor-problema dificilmente pode ser ajudado por um médico. De facto, é até de admirar que antos médicos tenham conseguido penetrar nas mentiras do bebedor-problema e fazer um diagnóstico correcto.

Nunca é demais sublinhar que a decisão importante - será que sou um alcoólico? - tem que ser tomada pelo bebedor. Só ele ou ela - e não o médico, a família ou os amigos - pode tomar essa decisão. Mas uma vez tomada, metade da batalha pela sobriedade está ganha. Se deixar que outros decidam por si, o alcoólico poderá estar a arrastar desnecessariamente os perigos e a desgraça provocados pela sua maneira descontrolada de beber.

SERÁ QUE SE PODE ALCANÇAR A SOBRIEDADE SÓ ATRAVÉS DA LITERATURA DE AA?

Algumas pessoas pararam de beber depois de lerem Alcoólicos Anónimos, o "Livro Azul" de AA que define os princípios básicos do programa de recuperação. No entanto, e sempre que possível, quase todos procuram imediatamente outros alcoólicos para com eles partilharem a sua experiência e sobriedade.

O programa de AA funciona melhor a nível individual para a pessoa que o reconhece e aceita como um programa que envolve outras pessoas. Ao trabalharem com outros alcoólicos no Grupo de AA, parece que os bebedores-problema aprendem mais acerca da sua doença e de como lidar com ela. Encontram-se rodeados por outros que compartilham a sua experiência passada, os seus problemas actuais e a sua esperança. Deixam de ter o sentimento de solidão que poderá ter sido um factor importante na sua compulsão para beber.

SE EU ENTRAR PARA AA, NÃO FICARÁ TODA A GENTE A SABER QUE SOU ALCOÓLICO?

O anonimato sempre foi, e é, a base do programa de AA. Depois de terem estado em AA durante algum tempo, a maior parte dos membros não se importa que se fique a saber que fazem parte de uma comunidade que os ajuda a manterem-se sóbrios. Tradicionalmente, os A.A.s nunca revelam a sua ligação com o movimento na imprensa, rádio ou em qualquer outro meio de comunicação social. E nenhum membro de AA tem o direito de quebrar o anonimato de outro.

Isto significa que o recém-chegado pode entrar para AA com a certeza de que nenhum dos seus novos amigos violará confidências relacionadas com o seu problema de bebida. Os membros mais antigos do Grupo compreendem o sentimento do recém-chegado. Lembram-se dos seus próprios medos quanto a serem publicamente identificados com o que parecia ser uma palavra terrível - "alcoólico".

Uma vez em AA, os recém-chegados podem achar graça ao facto de, no passado, se terem preocupado com o facto de se vir a saber que tinham parado de beber. Quando os alcoólicos bebem, a notícia das suas escapadelas espalha-se com uma velocidade notável. A maior parte dos alcoólicos já tem fama de bêbedo de primeira quando procura AA. Com raras excepções, a sua maneira de beber não é, provavelmente, segredo para ninguém. Nestas circunstâncias, seria de facto invulgar se as boas notícias da sobriedade continuada do alcoólico não provocassem também comentários.

Sejam quais forem as circunstâncias, ninguém, a não ser o próprio recém-chegado, pode divulgar a sua ligação com AA e, mesmo assim, só de modo a não prejudicar a Comunidade.

SE EU NÃO BEBER, COMO PODEREI SAIR-ME BEM NOS NEGÓCIOS, ONDE TENHO QUE FAZER MUITOS CONTACTOS SOCIAIS?

Nos dias de hoje, beber socialmente tornou-se uma parte integrante dos negócios em muitas áreas. Muitos dos contactos com clientes e possíveis clientes são combinados de modo a fazê-los coincidir com ocasiões em que os "cocktails", bebidas ou aperitivos parecem fazer parte integrante do dia ou noite. Muitos dos que são hoje membros de AA seriam os primeiros a admitir que frequentemente fizeram negócios importantes em bares, quartos de hotel e mesmo durante festas em casas particulares.

No entanto, é surpreendente a quantidade de trabalho que é feito no mundo inteiro sem a ajuda do álcool. Assim como é também surpreendente para muitos alcoólicos descobrir como conhecidos homens de negócios, da indústria, das artes e outros profissionais tiveram êxito sem dependerem do álcool. Na realidade, muitos dos que estão hoje sóbrios em AA admitem que usaram os "contactos de negócios" como uma das várias desculpas para beber. Agora que já não bebem, descobrem que, na realidade, conseguem fazer mais do que faziam antes. A sobriedade tem provado não ser um impedimento à sua capacidade para fazer amigos e influenciar pessoas que poderiam contribuir para o seu êxito económico.

Isto não quer dizer que todos os membros de AA tenham passado subitamente a evitar os seus amigos ou companheiros de negócios que bebem. Se um amigo quer tomar um "cocktail" ou dois antes de almoço, o membro de AA toma geralmente um refrigerante, um café ou um sumo. Se for convidado para um "cocktail" por motivo de negócios, geralmente ele não hesita em ir. O alcoólico sabe, por experiência própria, que os outros convidados estão mais interessados nas suas próprias bebidas do que nas dos outros.

À medida que começa a sentir-se orgulhoso da qualidade e quantidade do seu trabalho, o recém-chegado a AA descobrirá provavelmente que o êxito nos negócios ainda se baseia na eficiência. Esta verdade simples não era tão óbvia na época em que bebia. Naquela época estava certamente convencido de que a simpatia, a genialidade e a sociabilidade eram as chaves do êxito nos negócios. Na verdade, embora estas qualidades sejam úteis para a pessoa que bebe controladamente, elas não chegam para o alcoólico pois este, quando bebe, tem tendência a dar-lhes muito mais importância do que elas merecem.

SERÁ QUE AA FUNCIONA PARA A PESSOA QUE TENHA REALMENTE CHEGADO AO "FUNDO DO POÇO"?

A experiência mostra que AA funciona para quase todos os que querem verdadeiramente parar de beber, seja qual for a sua situação económica ou social. AA tem hoje muitos membros que estiveram na valeta, em cadeias ou outras instituições públicas. Uma pessoa fracassada não pode sentir-se inferiorizada ao entrar para AA. O seu problema fundamental, o que tornou a sua vida ingovernável, é idêntico ao problema central de todos os outros membros de AA. Não se julga o valor de um membro de AA pela roupa que usa, pela sua maneira de falar ou pela sua conta bancária. A única coisa que conta em AA é se o recém-chegado quer parar de beber. Se quer, será bem-vindo. É muito possível que ele fique espantado ao descobrir como tantos outros membros conseguem contar histórias muito piores quando se trata de revelar passados e experiências semelhantes aos seus.

HAVERÁ ALCOÓLICOS QUE ENTRAM EM AA JÁ SÓBRIOS?

A maioria dos homens e mulheres procuram AA quando atingem o ponto mais baixo nos seus percursos de bebedores. Contudo, nem sempre é este o caso. Muitas pessoas entraram na Comunidade muito depois de terem tomado o que esperavam ser o seu último copo. Uma delas, ao reconhecer que não conseguia controlar o álcool, tinha estado sem beber durante seis ou sete anos, antes de se tornar membro de AA. Porém, a sua sobriedade forçada não tinha sido uma experiência feliz. A crescente tensão e os vários transtornos causados pelos pequenos problemas do dia-a-dia estavam a ponto de levá-la a novas experiências com o álcool, quando um amigo lhe sugeriu que procurasse AA. Desde então e já há alguns anos é membro de AA, e afirma que não há comparação possível entre a sobriedade feliz que tem hoje e a abstinência desconsolada que tinha antigamente.

Outros contam experiências semelhantes. Embora saibam que é possível permanecer-se tristemente abstinente por períodos de tempo consideráveis, dizem que, para eles, é muito mais fácil apreciar e fortalecer a sua sobriedade quando se reúnem e trabalham com outros alcoólicos em AA. Como a maioria da raça humana, não vêem vantagem nenhuma em fazer as coisas da maneira mais difícil. Sendo-lhes possível escolher a sobriedade com ou sem AA, escolhem deliberadamente AA.

PORQUE É QUE AA SE INTERESSA POR BEBEDORES-PROBLEMA?

Os membros de AA têm um interesse pessoal em oferecer ajuda a outros alcoólicos que ainda não alcançaram a sobriedade. Em primeiro lugar sabem por experiência própria que este tipo de actividade, à qual costumam chamar de trabalho do "Décimo Segundo Passo", os ajuda a manterem-se sóbrios. As suas vidas têm agora um grande e premente objectivo. É provável que as lembranças das suas próprias experiências anteriores com o álcool os ajudem a evitar o excesso de confiança que poderia levá-los a uma recaída. Seja qual for a explicação, os membros de AA que se dispõem a ajudar outros alcoólicos raramente têm dificuldade em manter a sua própria sobriedade.

A segunda razão pela qual os membros de AA sentem uma grande necessidade de ajudar os bebedores-problema é que, desta forma, têm a oportunidade de retribuir aos que os ajudaram em AA. É a única maneira prática que o indivíduo tem de poder pagar a sua dívida para com AA. O membro de AA sabe que a sobriedade não se compra e que não se pode partir do princípio de que ela se irá manter por muitos anos. Contudo, ele sabe que pode ter uma nova maneira de viver sem o álcool, se honestamente o desejar e se estiver disposto a partilhá-la com os que vierem a seguir. Tradicionalmente, AA nunca "recruta" membros, não tenta convencer ninguém a tornar-se membro e nunca solicita nem aceita fundos.

A COMUNIDADE DE AA

Se o recém-chegado estiver convencido que é alcoólico e que AA poderá ajudá-lo, faz geralmente uma série de perguntas específicas sobre a natureza, a estrutura e a história do movimento em si. Eis algumas das mais comuns.

O QUE SÃO OS ALCOÓLICOS ANÓNIMOS?

Há duas maneiras práticas de descrever AA. A primeira é a descrição comum dos seus propósitos e objectivos que aparece no início deste folheto:

Alcoólicos Anónimos é uma comunidade de homens e mulheres que partilham entre si a sua experiência, força e esperança para resolverem o seu problema comum e ajudarem outros a se recuperarem do alcoolismo. O único requisito para ser membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro de AA não é necessário pagar taxas de admissão nem quotas. Somos auto-suficientes pelas nossas próprias contribuições. AA não está ligado a nenhuma seita, religião, instituição política ou organização, não se envolve em qualquer controvérsia, não subscreve nem combate quaisquer causas. O nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançar a sobriedade.

O "problema comum" é o alcoolismo. Os homens e mulheres que se consideram membros de AA são e serão sempre alcoólicos, embora possam ter outras adicções. Reconheceram finalmente que já não são capazes de controlar qualquer tipo de bebida alcoólica. Hoje mantêm-se completamente afastados da bebida. O mais importante é que não tentam enfrentar o problema sozinhos. Discutem-no abertamente com outros alcoólicos. Esta partilha de "experiência, força e esperança" parece ser o elemento chave que torna possível viverem sem álcool e até, na maioria dos casos, sem vontade de beber.

A segunda maneira de descrever Alcoólicos Anónimos é delinear a estrutura da Comunidade. Numericamente, AA compõe-se de mais de 2.000.000 de homens e mulheres em 150 países. Estes homens e mulheres reúnem-se em Grupos que variam em tamanho, desde uma meia dúzia de ex-bebedores em algumas localidades, até várias centenas em comunidades maiores.

Nas áreas metropolitanas populosas podem existir numerosos Grupos, cada um com as suas próprias reuniões regulares. Muitas reuniões de AA são abertas ao público. A maior parte dos Grupos têm "reuniões fechadas", nas quais os membros se sentem encorajados a discutir problemas que poderiam não ser inteiramente compreendidos por não-alcoólicos.

O Grupo é considerado o núcleo da Comunidade AA. As suas reuniões abertas recebem alcoólicos e os seus familiares num ambiente de amizade e ajuda mútua. Hoje existem mais de 93.000 Grupos pelo mundo inteiro, incluindo algumas centenas em hospitais, prisões e outras instituições.

Alcoólicos Anónimos nasceu em Akron, em 1935, quando um homem de negócios de Nova Iorque, sóbrio pela primeira vez em anos, visitou um outro alcoólico. Durante os seus poucos meses de sobriedade, este homem de Nova Iorque tinha notado que o seu desejo de beber diminuía quando tentava ajudar outros “bêbedos” a alcançar a sobriedade. Em Akron foi conduzido a um médico local que tinha problemas com a bebida. Trabalhando juntos, o homem de negócios e o médico descobriram que a sua capacidade de permanecerem sóbrios parecia estar muito relacionada com o grau de ajuda e encorajamento que conseguiam dar a outros alcoólicos.

Durante quatro anos o novo movimento, sem nome, sem qualquer organização ou literatura descritiva, cresceu lentamente. Formaram-se Grupos em Akron, Nova Iorque, Cleveland e nalguns outros locais.

Em 1939, com a publicação do livro Alcoólicos Anónimos do qual a Comunidade tirou o seu nome, e como resultado da ajuda de vários amigos não-alcoólicos, a Comunidade começou a atrair a atenção nacional e internacional. Abriu-se então um escritório de serviços na cidade de Nova Iorque, para responder aos milhares de perguntas e pedidos de literatura que são recebidos todos os anos.

SERÁ QUE EXISTEM REGRAS EM AA?

A ausência de regras, regulamentos ou obrigações é um dos aspectos únicos de AA, como Grupo local e como comunidade mundial. Não existem regulamentos que digam que um membro precisa de assistir a um certo número de reuniões num determinado período de tempo.

É compreensível que a maioria dos Grupos tenha uma tradição não escrita de que aquele que ainda bebe e perturba as reuniões com o seu comportamento barulhento poderá ser convidado a sair da sala. Esta mesma pessoa será bem vinda noutro dia qualquer, desde que não prejudique a reunião. Entretanto, os membros do Grupo farão o possível para ajudá-lo a alcançar a sobriedade, desde que ele ou ela tenha o desejo sincero de parar de beber.

QUANTO É QUE SE PAGA PARA SER MEMBRO DE AA?

Não existem quaisquer obrigações financeiras para se ser membro de AA. O programa de recuperação do alcoolismo de AA está disponível para qualquer um que deseje parar de beber, quer esteja arruinado ou seja milionário.

A maioria dos Grupos faz uma colecta nas reuniões, para custear o aluguer da sala de reuniões e pagar outras despesas tais como o café, sanduíches, bolos ou qualquer outra coisa. Na maior parte dos Grupos, parte do dinheiro da colecta destina-se à contribuição voluntária para os serviços nacionais e internacionais de AA. Estes fundos são utilizados exclusivamente para ajudar Grupos novos e antigos e para levar a mensagem do programa de recuperação de AA aos "muitos alcoólicos que ainda o não conhecem".

A ideia fundamental é que para ser membro de AA não é preciso apoiar financeiramente a Comunidade. De facto, muitos Grupos de AA estabeleceram limitações rigorosas aos montantes de contribuições dos seus membros. AA é inteiramente auto-suficiente e não aceita contribuições de fora.

QUEM É QUE DIRIGE O AA?

AA não tem empregados ou executivos com poderes ou autoridade sobre a Comunidade. Não existe "governo" em AA. Contudo, é evidente que, mesmo numa organização informal, certas actividades têm de ser desempenhadas. No Grupo local, por exemplo, alguém tem de arranjar uma sala adequada para reuniões, e as reuniões precisam de ser programadas e preparadas. É necessário providenciar o abastecimento de café e bolachas que tanto contribuem para o ambiente de camaradagem nas reuniões de AA. Em muitos Grupos acham também conveniente que alguém se responsabilize pela correspondência de AA, a nível nacional e internacional.

Quando se abre um Grupo, alguns voluntários podem assumir essas responsabilidades, agindo informalmente como servidores do Grupo. Contudo, assim que possível, estas responsabilidades são transferidas rotativamente por meio de eleições para outros membros do Grupo, que servem por períodos de tempo limitados. Um Grupo típico de AA tem geralmente um coordenador, um secretário, uma comissão de programação de reuniões, um responsável pelo serviço de café, um tesoureiro e um Representante de Serviços Gerais, o qual representa o Grupo em reuniões regionais ou locais. Os recém-chegados que tenham já um certo tempo de sobriedade são encorajados a prestar serviço no Grupo. A nível nacional e internacional existem também tarefas específicas a serem desempenhadas. É necessário escrever, imprimir e distribuir literatura aos Grupos ou pessoas que a pedem. É também necessário responder às perguntas feitas por Grupos novos ou Grupos já formados e responder aos pedidos de informação sobre AA e o seu programa de recuperação do alcoolismo.

Há que procurar informar e dar esclarecimentos a médicos, membros do clero, homens de negócios e directores de instituições, assim como criar e manter boas relações públicas com a imprensa, rádio, televisão, cinema e outros meios de comunicação. Para garantir o crescimento seguro e saudável de AA, os primeiros membros da comunidade, juntamente com amigos não alcoólicos, constituíram um Conselho de Custódios, hoje conhecido como Conselho de Serviços Gerais de Alcoólicos Anónimos. O Conselho serve de guardião das tradições de AA e de tudo o que diga respeito a AA e responsabiliza-se pela qualidade de serviços prestados pelo Escritório de Serviços Gerais de AA em Nova Iorque.

O elo de ligação entre o Conselho e os Grupos de AA dos Estados Unidos (da América) e do Canadá é a Conferência de Serviços Gerais de AA. A Conferência, composta por cerca de 91 delegados de zona de AA, de 21 Custódios no Conselho, membros pertencentes ao Escritório de Serviços Gerais e outros, reúne todos os anos durante alguns dias. A Conferência é um órgão exclusivamente consultivo. Não tem qualquer autoridade para regular ou governar a Comunidade. Assim, a resposta à pergunta "Quem dirige AA?" é que a Comunidade é um movimento invulgarmente democrático, sem autoridade central e só com um mínimo de organização formal.

SERÁ QUE AA É UMA COMUNIDADE RELIGIOSA?

Não, AA não é uma comunidade religiosa, na medida em que não é preciso ter nenhum credo religioso definido para se ser membro. Muito embora tenha sido apoiada e aprovada por muitos chefes religiosos, não está ligada a nenhuma organização ou seita. Entre os seus membros há católicos, protestantes, judeus, membros de outras grandes comunidades religiosas, agnósticos e ateus.

O programa de AA para a recuperação do alcoolismo está inegavelmente baseado na aceitação de certos princípios espirituais. Cada membro tem a liberdade de os interpretar conforme ele ou ela entender ou, pura e simplesmente, nem sequer se preocupar com eles.

A maior parte dos membros, antes de recorrer a AA, já tinha admitido que não conseguia controlar a sua maneira de beber. O álcool tinha-se transformado num poder superior a eles próprios e aceite como tal. AA sugere que para alcançar e manter a sobriedade, os alcoólicos precisam de aceitar e depender de um outro Poder que reconheçam como sendo superior a eles próprios. Alguns alcoólicos preferem considerar o seu Grupo como esse poder superior. Para muitos outros, este poder é Deus - como cada um O concebe. Outros ainda, acreditam em conceitos completamente diferentes de um Poder Superior.

Quando recorrem a AA, alguns alcoólicos mostram inicialmente muitas reservas quanto a aceitar qualquer concepção de um Poder superior a eles próprios. A experiência mostra que, se mantiverem a mente aberta a esse respeito e continuarem a assistir a reuniões de AA, provavelmente acabará por não lhes ser muito difícil descobrir por si mesmos uma solução aceitável para este problema, que é puramente pessoal.

SERÁ QUE AA É UM MOVIMENTO A FAVOR DA TEMPERANÇA?

Não, o AA não está relacionado com qualquer movimento a favor da temperança. A frase “AA não subscreve nem combate quaisquer causas” copiada das linhas gerais amplamente aceites do Preâmbulo da Comunidade também se aplica à questão dos assim chamados movimentos a favor da temperança. O alcoólico que atingiu a sobriedade e que tenta seguir o programa de recuperação de AA tem uma atitude para com o álcool que pode ser semelhante à do doente alérgico para com a causa da sua alergia.

Embora muitos A.A.s reconheçam que o álcool não faz mal nenhum a muita gente, também sabem que para eles próprios é um veneno. Normalmente um membro de AA não deseja privar ninguém de uma coisa que, usada com cuidado, pode ser uma fonte de prazer. O membro de AA apenas reconhece que ele/ela é que não é capaz de lidar com o álcool.