sábado, 27 de abril de 2013
PRIMEIRO ENCONTRO CTO E VIVÊNCIA–PARANÁ
LIVRO AZUL
O LIVRO AZUL NO BRASIL
Eloy Toledo
Em dias de 1969, AAWS, Inc. recebeu uma carta do Grupo Central do Brasil, do Rio de Janeiro, solicitando autorização para traduzir e editar o livro "Alcoólicos Anônimos". Poucos dias mais tarde aquela empresa recebia outra carta, agora do Grupo Senador Dantas, também do Rio de Janeiro, com a mesma solicitação. Gilberto, um brasileiro funcionário da ONU em Nova Iorque que vinha em férias para o Rio, passou pelo GSO para saber se havia algo para Grupos do Brasil, sendo então solicitado a investigar as razões dos pedidos de diferentes Grupos com relação ao texto base de A.A.
De volta a Nova Iorque, Gilberto, informou ao pessoal do GSO que aqueles grupos vinham, fazia tempo, guerreando por razões de somenos importância, informando mais, que naquele momento não havia unidade no A.A. do Rio a recomendar tarefa de tamanha importância.
Todavia, acrescentou Gilberto, a companheira Dorothy lhe informara que, em São Paulo, um norte-americano, chamado Donald já tinha parte do livro traduzido para uso no seu Grupo e que o considerava em condições de empreender essa missão.
O Gerente do GSO, então, escreveu a Donald perguntando-lhe se aceitava o encargo de traduzir e publicar o livro. Se aceitasse, deveria formar um Comitê para gerir essa atividade, um LDC (Literature Distribution Center). Donald respondeu que aceitava a responsabilidade que lhe ofereciam, porém que os Grupos do Brasil não tinham recursos financeiros para a publicação. O GSO resolveu financiar o empreendimento e quando o CLAAB - Centro de Distribuição de Literatura de AA para o Brasil foi constituído, recebeu a importância de US$ 2.000,00 (dois mil dólares americanos) com os quais o Livro pode ser impresso e colocado à disposição do público e dos Grupos de A.A., em novembro de 1969.
O empréstimo do GSO estabelecia condições para o pagamento: a cada dia 30 o CLAAB deveria enviar ao GSO o valor correspondente a um dólar por cada livro vendido no mês findo.No final de um ano haviam sido vendidos todos os 2.000 exemplares daquela primeira edição e a dívida quitada, porém o resultado da venda se esvaira na publicação dos folhetos "A.A. Na Sua Comunidade", "Você Deve Procurar o A.A.?", o livreto "44 Perguntas & Respostas" mais despesas correntes (aluguel, etc). Assim, para a nova edição, novo empréstimo foi feito, agora de US$ 3.000,00 (três mil dólares americanos), sem quaisquer especificações na forma de pagamento.
O empréstimo assumido no início de 1971 só foi totalmente liquidado no final de 1979 e dele resultou o patrimônio atual da JUNAAB e a estrutura do A.A. do Brasil.
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Wagner
+55(11) 5021-6104
+55(11) 7598-1571
PROGRAMAÇÃO DE MAIO 2013
GRUPO NOVA ALMEIDA DE A.A.
End.: Rua Edivaldo Lima, s/nº - Anexo à Escola Virgínio Pereira
Nova Almeida – CEP 29182-050
Serra – ES
Reuniões: 3ª, 5ª e Sábados: 19h30 às 21h30
PROGRAMAÇÃO – MAIO DE 2013
DIA | SEMANA | REUNIÃO |
02 | Quinta-feira | Literatura |
04 | Sábado | Aberta |
07 | Terça-feira | Minitemática |
09 | Quinta-feira | Literatura |
11 | Sábado | Aberta * |
14 | Terça-feira | Minitemática |
16 | Quinta-feira | Literatura |
18 | Sábado | Tema: 5º Passo * |
21 | Terça-feira | Minitemática |
23 | Quinta-feira | Literatura |
25 | Sábado | Tema: 4ª Tradição |
28 | Terça-feira | Minitemática |
30 | Quinta-feira | Literatura |
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* Reprogramado com inversão de datas
segunda-feira, 15 de abril de 2013
AA RJ
segunda-feira, 8 de abril de 2013
A opinião de um médico sobre o início da cooperação mútua entre A.A. e a medicina.
Alcoólicos Anônimos sem dúvida alguma deve muito a alguns médicos que, desde o início, apoiaram-na firmemente.
Por outro lado, também é importante assinalar que o A.A. colaborou com um melhor conhecimento da medicina sobre o alcoolismo, divulgando o conceito de que fosse uma doença primária. Até então, imaginava-se que o alcoolismo fosse conseqüência de uma grande variedade de distúrbios psíquicos ou éticos-morais, que uma vez solucionados, poderiam levar o indivíduo novamente a um consumo moderado de álcool.
A moderna concepção de enfermidade começou com o Dr. William Silkworth, psiquiatra de um certo renome em Nova York que, observando a recuperação espetacular de um de seus pacientes, o co-fundador Bill W., formulou a teoria de que o alcoolismo poderia ser "como que uma alergia física, associada a uma obsessão mental". Desta forma, ficou registrada no Livro Azul.
A teoria do Dr. Silkworth tinha lógica: baseava-se em que haveria uma reação anormal no organismo do alcoólico ao álcool, de modo que ao consumi-lo surgia uma compulsão incontrolável por mais bebida. Desta forma o alcoolismo passou a ser visto por ele como uma doença crônica, isto é, incurável, que só poderia ser controlada pela abstinência desta substância. Clinicamente, funcionava como se fosse uma alergia.
Existe uma biografia de Bill W. publicada pelo GSO, com recente tradução para o espanhol, em que se relata com mais detalhes o primeiro encontro que ele teve com o Dr. Bob, falando dessa nova teoria médica e assim despertando o interesse de seu interlocutor. Desta forma, o que estava previsto para durar dez minutos, acabou rendendo muitas horas de conversa, a partir do momento em que o Dr. Bob viu despertar seu interesse científico e pessoal pelo assunto.
À medida que Alcoólicos Anônimos ia cada vez mais recuperando bêbados sem esperanças, crescia também o apoio à teoria da doença entre os médicos. A primeira grande instituição científica a admitir este fato foi a Associação Psiquiátrica Americana, presidida por um grande amigo de A.A., o Dr. Harry Tiebout. Em seguida vieram a Associação Médica Americana e, por pressões destas duas, finalmente a Organização Mundial de Saúde.
Passados sessenta anos, a concepção de que alcoolismo seja uma doença primária fortalece-se cada vez mais. Hoje, à luz dos novos conhecimentos de pesquisa médica, existem sólidos argumentos a favor de que algumas pessoas nascem com uma predisposição ao alcoolismo e de que ao associarem isto ao ato voluntário de beber sem moderação, desenvolvem uma capacidade de reagir ao álcool diferente das pessoas que não têm esse tipo de problema, tornando-se dependentes químicos do etanol. Na realidade, parece que as células nervosas de alguns indivíduos, por razões básicas ainda ignoradas, adaptam-se ao consumo exagerado de álcool tornando-se mais excitáveis, por diversos mecanismos neuro-químicos. Nesta condição, a falta de álcool detona uma síndrome de abstinência muito desconfortável e provoca uma compulsão física mais ou menos intensa, mas de qualquer forma progressiva.
Paralelamente, surge o hábito de associar alguns estados emocionais ao consumo de bebida, de tal forma que isto acaba também sendo compulsivo, dando origem a uma dependência psíquica. Assim, usando outras palavras, conseqüência do progresso científico no assunto, voltamos à concepção original de que o alcoolismo seria como "uma alergia física, associada a uma obsessão mental".
Vejam como as coisas evoluíram de forma paralela: talvez o Dr. Bob não se interessasse em ouvir o que Bill W. tinha para lhe contar, não fosse a referência à teoria científica do Dr. Silkworth. Mas quando ouviu, e o A.A. foi fundado, os resultados influenciaram outros médicos a pesquisar o assunto e em concordar com os Alcoólicos Anônimos, encaminhando seus pacientes até seus Grupos, surgindo um antigo e profícuo vínculo de colaboração entre Alcoólicos Anônimos e a classe médica que hoje aumenta cada vez mais, em benefício do alcoólico que ainda sofre.
(Dr. Alberto Duringer L. da Silva) ** In Memorian
(VIVÊNCIA nº 44 Nov/Dez 96)
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Capítulo 2 - HÁ UMA SOLUÇÃO
Nós de Alcoólicos Anônimos, conhecemos milhares de homens e mulheres que estiveram um dia, tão desesperados quanto Bill. Praticamente todos estão recuperados. Resolveram seu problema com a bebida.
Somos americanos comuns. Todos os setores do pais e varias profissões estão aqui representadas, assim como varias posições politicas, econômicas sociais e religiosas.
Somos pessoas que normalmente não se encontrariam juntas. Mas há entre nós, um companheirismo, uma amizade e uma compreensão indescritível e maravilhosa.
Somos como os passageiros de um grande navio após serem salvos de um naufrágio, quando a camaradagem, a alegria e a democracia se espalham por toda a parte, da terceira classe à mesa do capitão.
Ao contrario do que ocorre com os passageiros do navio, entretanto nossa alegria por escapar do desastre não diminui quando seguimos nossos caminhos individuais. O sentimento de termos compartilhado um perigo comum a todos é um dos elementos desta poderosa massa que nos aglutina. Mas apenas isto jamais nos teria mantidos unidos como estamos agora.
O que aconteceu de extraordinário com todos nós foi o fato de termos descoberto uma solução em comum. Temos um caminho a respeito do qual concordamos unanimemente e no qual podemos nos unir, numa atividade fraterna e harmoniosa. Esta é a grande notícia trazida por este livro àqueles que sofrem de alcoolismo.
Uma doença como esta - e viemos a acreditar que é uma doença - envolve aqueles que nos cercam como nenhuma outra enfermidade humana. Se uma pessoa sofre de câncer, todos sentem muito por ela e ninguém fica zangado ou ferido. Mas o mesmo não ocorre no caso da doença do alcoolismo, pois ela traz consigo a destruição de todas as coisas valiosas. Consome todos os que têm suas vidas de algum modo ligadas ao doente. Provoca incompreensão, enormes ressentimentos, insegurança financeira, aborrecimentos de amigos e empregadores, vidas deformadas para crianças inocentes, pais e esposas tristes - a lista é infinita.
Esperamos que este livro informe e conforte aqueles que são, ou possam vir a ser afetados. Existem muitos.
Psiquiatras altamente competentes, sob cujos cuidados estivemos, consideraram, algumas vezes, impossível persuadir um alcoólico a discutir sem reservas sua situação. Por mais estranho que pareça, esposas, pais e amigos íntimos nos consideram ainda mais inacessíveis.
Mas o ex bebedor problema que encontrou esta solução, que está adequadamente equipado com fatos de sua própria vida, pode, em geral, ganhar a inteira confiança de outro alcoólico, em algumas horas. Antes que se consiga atingir este tipo de entendimento, pouco ou nada pode ser realizado.
Que o homem que faz a abordagem tenha passado pelas mesmas dificuldades; que ele evidentemente saiba do que está falando; que todo o seu comportamento deixe bem claro para o abordado que ele realmente encontrou a resposta; que não tenha atitudes de "sou melhor que você", nada além do sincero desejo de ser útil. Que não há taxas a pagar, nem interesses pessoais, nem pessoas a quem agradar, nem sermões a aguentar - são estas as condições que descobrimos serem as mais eficazes. Após uma abordagem deste tipo, muitos se levantam de suas camas e andam novamente.
Nenhum de nós se dedica exclusivamente a este trabalho; nem acreditamos que sua eficácia seria maior se assim fizéssemos. Sentimos que a eliminação da bebida é apenas um começo. Uma demonstração muito mais importante de nossos princípios é a que damos em nossos respectivos lares, profissões e negócios. Todos nós dedicamos a maior parte de nosso tempo livre ao tipo de esforço que descreveremos adiante. Uns poucos têm a sorte de poder dedicar quase todo o seu tempo a esse trabalho.
Se continuarmos a seguir o caminho por onde temos ido, é bastante provável que os resultados sejam muito bons; mas permaneceríamos ainda na superfície do problema. Aqueles de nós que vivem nas grandes cidades sentem-se impotentes diante da reflexão de que cerca de centenas de pessoas mergulham diariamente no esquecimento. Muitas poderiam se recuperar, se tivessem uma oportunidade como a nossa. Como, então, faremos para levar ao seu conhecimento aquilo que nos foi gratuitamente oferecido?
Decidimos publicar um livro anônimo, expondo o problema assim como o vemos. Para esta tarefa, traremos a combinação de nossa experiência e nosso conhecimento. Nossa intenção é sugerir um programa útil para quem quer que se preocupe com um problema de bebida.
É inevitável que abordemos questões médicas, psiquiátricas, sociais e religiosas. Temos consciência de que estes tópicos são, por sua própria natureza, controversos. Nada nos agradaria mais do que escrever um livro que não contivesse material para discordâncias ou argumentações. Faremos o possível para atingir este ideal. A maioria de nós percebe que a verdadeira tolerância em relação às falhas e aos pontos de vista alheios, e o respeito às suas opiniões, são atitudes que nos tornam mais úteis ao próximo. Como ex bebedores problema, nossas próprias vidas dependem de nossa constante preocupação com os outros e com o modo pelo qual podemos ajudá-los.
Talvez você já tenha se perguntado porque todos nós ficamos tão doentes por causa da bebida. Sem dúvida tem curiosidade de descobrir como e porquê; apesar da opinião em contrário dos especialistas, recuperamo-nos de um estado mental e físico sem esperanças. Se você é um alcoólico que deseja superar esta condição, pode já estar se perguntando:
"O que preciso fazer?"
A intenção deste livro é responder especificamente a tais perguntas. Nós lhe diremos o que fizemos. Antes de passar a uma discussão detalhada, talvez seja conveniente resumirmos alguns pontos, tal como os compreendemos:
Leia o Livro Alcoólicos Anônimos – conheça nossa literatura
terça-feira, 2 de abril de 2013
Boletim Informativo do Setor Sudeste
Da Área o2/MG- Ano 2-nº 5-Março/ Abril de 2013
Apadrinhamento em A. A. (1)
“Parece-me que, através de Bill e de Dr. Bob, Deus disse para todos nós: ‘ Há muitas tarefas em muitos campos e escolho meus trabalhadores de acordo com seus talentos’.”
Anne O’ C, da Austrália, na VI Reunião Mundial de Serviço-Junho de 1980-* Nova Iorque – EUA.
Por possuir uma característica totalmente diferente das demais instituições, Alcoólicos Anônimos procura simplificar ao máximo a admissão de um novo membro, colocando apenas um requisito para o recém- chegado:”... o desejo de parar de beber.”
Entretanto, a proposta de A. A. é muito mais ampla do que o fato não beber.
‘Depois que o novo membro descobre que é possível passar as primeiras vinte e quatro horas sem beber, o desfile das histórias dos mais antigos faz descortinar-lhe a possibilidade de recupera- cão de todos os valores perdidos durante o alcoolismo ativo.
O companheiro novato visualiza a chance de reaver a confiança da família, do empregador, da sociedade, enfim, da sua reintegração à sociedade, com tudo que lhe é direito. ’
‘’Mas os primeiros passos nessa nova estrada requerem orientação. “E essa orientação virá de várias formas, por meio dos depoimentos e das histórias narradas pelos membros já integrados ao movimento.”
‘Embora haja uma preocupação de cada membro em orientar, convém que seja informado ao recém-chegado que ele deverá observar, entre todo aquele membro com quem ele mais se identifique, ou que ele suponha que haja mais afinidade, para, com segurança, falar das suas angústias, discutirem as suas necessidades, os seus problemas e dirimir as suas dúvidas. ’
“Em A. A., a essa pessoa – homem ou mulher- é dado o nome de padrinho/ madrinha. Geralmente uma pessoa com sobriedade consistente. O padrinho/madrinha orienta o recém-chegado, passando-lhe a sua experiência de vida durante os seus primeiros dias e de como está atingindo patamares mais satisfatórios no amplo universo de recuperação.”
‘Cada membro de A. A. é um padrinho em potencial de um novo membro e deveria reconhecer claramente as obrigações e deveres de tal responsabilidade’.
“A aceitação da oportunidade de levar o plano de A. A. para aquele que sofre no alcoolismo compreende responsabilidades muito reais e criticamente importantes. Cada membro, ao praticar o apadrinhamento de um alcoólico, deve lembrar que está oferecendo o que é, freqüentemente, a última chance de reabilitação, de sanidade, ou mesmo, de vida.”
‘Nenhum membro é suficientemente sábio para desenvolver um programa de que possa ser aplicado, com sucesso, a todos os casos. Somente o fato de não beber não credencia a quem quer que seja a orientar o novato sobre o que é Alcoólicos Anônimos e como o indivíduo deverá se comportar na busca de uma vida melhor. “A recuperação integral requer mudanças de atitude, de comportamento e de ações que possam permitir que o indivíduo se transforme.”
‘Ao longo da caminhada em A. A., seja por meio de leitura das nossas publicações, seja pela participação em todos os níveis dos Três Legados, ou ainda pela observância e avaliação dos fatos ocorridos, cada um descobre a sua vocação e apropria maneira de tentar canalizar sobriedade àqueles que a estão buscando. ’
“Se um membro, já integrado, se lembrar de suas dúvidas, dos seus medos, da sua insegurança quando da chegada em A. A., certamente irá se preocupar em facilitar o caminho daquela, quase sempre frágil e crente criatura que hoje tenta mudar a sua vida. Descobrirá que um bom padrinho deverá se preparar para ser um bom orientador.”